Não somos daqueles que dominam a fé dos outros: Tolerância, irenismo e liberdade de consciência em Jacó Armínio

No livro cristão denominado Atos dos Apóstolos, em seu capítulo sexto, observa-se a instituição do ministério diaconal, cuja função centra-se na distribuição diária de alimentos às pessoas em condição de vulnerabilidade existencial. Assim, o diaconato está vinculado à partilha harmônica do essencial.

Em minha concepção, há diaconia na escrita. Bons escritores são diáconos por excelência, pois exercem a arte de compartilhar. Tem-se, assim, os escritores-diáconos. O escritor-diácono atua na honrosa distribuição do alimento intelectual aos seus leitores que, de diferentes modos, se alimentam do fruto da imaginação do artífice das letras. 

Tive o privilégio de alimentar-me desta obra, quando da sua apresentação à Banca de Doutorado, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião, da Universidade Metodista de São Paulo. Oportunidade em que o seu autor, Vinicius Couto, conquistou o título de Doutor em Ciências da Religião.

Na ocasião, cada integrante da banca, ao seu modo, não poupou elogios ao então candidato ao título de Doutor. Resultado: O Dr. Vinícius Couto, após a sessão solene de arguição do trabalho, foi aprovado com distinção e louvor. Em outras palavras, doutorou-se com a maior das honrarias acadêmicas, ou seja, summa cum laude.

A tese, denominada “Não somos daqueles que dominam a fé dos outros: tolerância, irenismo e liberdade de consciência em Jacó Armínio”, agora em formato de livro, chega ao grande público como bom alimento intelectual. Nestas páginas, o Dr. Vinicius Couto pratica o que tenho denominado diaconia da escrita, satisfazendo a fome de conhecimento registrada no cotidiano dos estudiosos e leitores contumazes.